“Ideias em movimento”: crónicas em torno de economia quântica

 

“Ideias em movimento”: crónicas em torno de economia quântica

– À descoberta de novas relações –

 

O tema escolhido, para refletir em torno de economia quântica –  à descoberta de novas relações –  sugere o despertar para novos quotidianos. Diria que é de enganadora simplicidade. Não é fácil desenhar espaços relacionais, como é igualmente difícil perceber o que é o nosso tempo, o tempo onde o quotidiano acontece, onde a atividade económica se afirma.

Sendo matéria que precisa de uma auto-consciência, nem sempre o  conhecimento crítico de quem somos coincide com o caminho que percorremos; qualquer ato é, na sua essência, uma ação pedagógica. Qualquer ato se produz na emergência de modos diferentes de observar, faz descobrir novas relações entre fenómenos, cria novas interpretações sobre o mundo, logo, faz mudar a ordem existente. Melhor dizendo faz mudar a nossa forma de interpretar a paisagem que desenha a vida quotidiana.

Então e o que é viver em tranquilidade com o ambiente quotidiano? E o que é viver em harmonia com a natureza? E o que é falar da razão económica das nossas escolhas?

Os três pontos de interrogação não significam definição de resposta. Reforçam, sim, a riqueza do significado das expressões, que não reconhecem fronteiras para a sua aplicação e refletem traços que se inscrevem no património histórico e cultural de cada um de nós. 

Um discurso artificioso conduz à convicção de que a atividade económica é matéria para especialistas, refugiando-se numa linguagem hermética e decompondo o ato económico no saber, nos comportamentos dos “agentes económicos”, nas tomadas de decisão, esquecendo que comporta crenças, emoções e até códigos morais. Assim, o discurso ficará cada vez mais pobre se não respeitar a polifonia da pedagogização da economia. Por isso, enquanto atores e agentes económicos é importante trabalharmos conhecimentos que apontem para um olhar integral e holístico da economia.

Na atividade económica a produção, a troca a construção de um negócio, a escolha dos consumos, as tomadas de decisão, são os factos visíveis da forma como vivemos e construímos as relações económicas quotidianas. Porém, porque é um espaço onde a relação humana se concretiza e se pretende dignificada, tem que ir além da superficialidade, da aparência do que é visível.

Por outro lado, para ultrapassarmos as dificuldades, onde frequentemente nos focalizamos, não basta a tomada de decisão, “eu vou mudar”: a transformação é um processo complexo e tem que começar em nós! Somos a porta para que o mundo se transforme.

 

E reforço quatro notas:

1 – Exercitemos as nossas competências de observação – vamos além do superficial;

2 – Trabalhemos a consciência da nossa corresponsabilidade na criação das relações de dignidade humana;

3 – Construamos aprendizagens, relações aprendentes que ultrapassem a informação parcial e sensacionalista;

4 – Respeitemo-nos a nós próprios: quem somos, como somos, por onde seguir para uma vida com sentido.

 

E se é cada um de nós que tem que abrir a porta da transformação, não ousemos pensar que o fazemos sozinhos. O mundo é um ambiente relacional por excelência. Ousemos, sim, alimentar e qualificar a pedagogia da relação.

A singularidade da economia quântica reside no facto da sua essência ser um ato de culto, de esforço, de talento, de criação, de protagonização pessoal da corresponsabilidade de cada um para uma sociedade que viva em plenitude.

 

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